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CRISE PANDÊMICA NÃO FARÁ PRESIDENTES DO MASP E MAM VENDEREM OBRAS DO SEU ACERVO

Atualizado: 17 de mai. de 2021

Diferente dos museus americanos agora autorizados a vender coleções, os museus brasileiros não pensam em movimento similar


Foto: Izabela Queiroz


Em relatório da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, a Unesco mostra que museus estiveram fechados uma média de 155 dias no ano de 2020. Essas instituições tiveram uma queda de 70% no número de visitas e um declínio de 40% a 60% em suas receitas em comparação ao ano de 2019.


Heitor Martins, presidente do Masp e Mariana Berenguer presidente do museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), se veem contra a utilização das vendas dos acervos para cobrir os gastos dessas instituições. Museus como o Masp e o MAM têm recebido obras em doação nos últimos anos, mas não seguem o modelo de vendas, como na terra do tio Sam.

Ambos os presidentes colocaram suas opiniões sobre o assunto, ainda se mostrando veementemente relutantes com a ideia. Essa seria uma medida extrema, segundo eles. Em entrevista concedida ao jornal Estadão, deixaram seu posicionamento com as seguintes declarações:

“O Masp nunca cogitou a venda de peças do seu acervo, nem precisamos. Isso seria uma situação extrema, que vai contra o princípio de preservar o patrimônio. Se for para cobrir uma lacuna é aceitável, já a venda para cobrir custos operacionais, mesmo em situações atípicas como esta da pandemia deve ser o último recurso, uma medida de exceção", afirma o presidente do museu, Heitor Martins.


Mariana Berenguer, presidente do Museu de Arte Moderna de São Paulo concorda com Heitor. “O museu de Arte Moderna de São Paulo desenvolve uma gestão que preza pela manutenção de seu acervo e pela sustentabilidade financeira. Não acreditamos que a venda de obras possa servir para equilibrar orçamento ou para despesas ordinárias. A política de desincorporação de acervo do MAM é voltada para o aperfeiçoamento da coleção e investimento no próprio acervo. O MAM tem investido em sua coleção e estamos realizando inclusive um inventário do acervo”, revela.


Berenguer acredita em “diversificação de formas de captação de recursos”, que não envolva a comercialização do acervo. “Realizamos isso por meio de patrocínios e editais, seja com leis incentivo ou verba direta, como também por meio dos programas de negócios, como clube de colecionadores.

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