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[CRÔNICA] Tudo lembrado, nada esquecido.

TEXTO AUTORAL


Reprodução: Unplash



Há duas coisas realmente gostosas de se guardar: dinheiro e memórias. Até mesmo as mais bizarras, sem preço. Se as memórias fossem lugares, as mais novas seriam a internet e as mais velhas os museus. Se a internet fosse uma pessoa, seria aquele primo que se acha blogueiro. E, por um mero acaso, o museu seria aquele avô acompanhado do clichê: "No meu tempo não era assim". E que culpa temos nós de gostar e muitas vezes ter até que visitar qualquer um que seja? È antiquado, mas moderno. Uma vida é construída e vivida pelas memórias que guarda- a não ser que você tenha alzheimer. O que é um bom motivo para visitar um museu. Os museus nos apresentam diferentes memórias, as quais eu nunca me atentei: acidentes que marcaram a história, objetos sinistros que, na maioria das vezes nem lembramos que existiram e sinceramente, não sabemos nem a utilidade. Através dessas memórias é que construímos nossa sociedade. Seja o Museu do Futebol, Museu da Língua Portuguesa ou Museu das Invenções, cada um tem suas memórias. E, infelizmente, uma população que mal se atenta à exposições urbanas. Consequência disso, os museus as vezes se tornam o que apresentam: aquilo que já foi esquecido. Por isso, não há melhor forma de alertar do que lembrando. E esse projeto, assim como os museus, caminha para uma conclusão fatal: tudo tem que ser lembrado e nada pode ser esquecido.


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@Antiquário Moderno 2019

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